terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

enfim a sós!

vamos começar de novo...

quero voltar a escrever sobre qualquer coisa, mas que venha das minhas tripas, nada de ter que responder a demandas sociais, quero só falar de mim e mais nada... na verdade tudo que de algumas forma me envolva!

é isso...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Trilhos da locomotiva

Tu és maquinista de uma locomotiva, dessas antigas, bunitas de ver passar, que os velhos se nostalgiam pela lembrança de outros tempos e que os jovens respeitam pela história. A locomotiva contorna agilmente um monte, os anos não lhe tolheram a emoção de percorrer os trilhos em velocidade. Ao fim da curva que contornava o monte se ve uma bifurcação na estrada de ferro. Nos dois caminhos a seguir há pessoas em cima dos trilhos, em um dos lados um numeroso grupo de pessoas que não reconheces, no outro estão tua mãe e teu pai... fica a pergunta: o que fazer, que caminho escolher?

O tempo inteiro somos impelidos a fazer escolhas dúbias, sim e não, certo e errado, bem contra mal. Às vezes as escolhas nos parecem ainda mais cruéis, definr em que lado se perde menos, colocar a prova nossos sentimentos e nossa moral. Pretendo mostrar que isso não é tão dramático quanto parece, e indo além, gostaria que mostrar, também, que normalmente nossas escolhas estão muito além do um ou outro.

Acredito que a maior parte das pessoas sofra de uma sídrome social conhecida por dramaturgia compulsiva. Tal síndrome impede que se visualize mais amplamente as possibilidades de um acontecimento, reduzindo-as a uma simples dicotomia, normalmente vista como certo e errado. A situação torna-se mais difícil de resolver quando não é notório o que é certo e errado. No caso da locomotiva as duas possibilidades que primeiramente são maquinadas em nossas mentes sedentas de encenação consistem em tirar a vida de um lado ou de outro. No primeiro estão nossos pais, que num mundo ideal são pessoas a quem amamos antes de tudo, a quem devemos nossa existência e boa parte do nosso aprendizado. No segundo estão várias pessas, que não conhecemos, mas que tem tanto direito de viver quanto quaisquer outras pessoas, que outras pessoas, tão comuns quanto tu és, chorariam a perda.

O que é certo? Deixar-se guiar pelo coração ou manter a moral e "salvar" o maior número de vidas quanto for possível?

Agora, pensando sem tanto drama, é bem fácil de resolver isso... Se queres saber o que faria sobre a locomotiva, acho que puxaria o freio, ou então apenas soltaria aquela linda buzina e provavelmente as pessoas sairiam dos trilhos, afinal de contas não disse em momento algum que estavam presos!

Bom, por hoje é só pessoal!

ps... esse negócio da locomotiva não fui eu que inventei, mas achei um tema interessante pra tratar inicialmente a dicotomia!